Mais vigilância e menos privacidade será o novo normal após a pandemia de coronavírus?

Vigilância e Privacidade (blog)
Segurança

Mais vigilância e menos privacidade será o novo normal após a pandemia de coronavírus?

Há apenas alguns anos, a privacidade e proteção de dados era um daqueles assuntos instáveis ​​que gradualmente se tornaram mais claramente definidos nos corredores do poder.

No Brasil, novas regras rígidas definidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estavam estabelecendo um novo ritmo para as empresas quanto a segurança da informação em todo o país.

Porém, à medida que a nova crise de coronavírus atinge o mundo, esse consenso está sendo substituído por uma nova realidade: menos privacidade de dados pode ser o melhor caminho para a saúde pública.

Privacidade sim, mas nem tanto

Os esforços bem-sucedidos em vários países asiáticos já demonstraram que, na ausência de uma vacina ou tratamento eficaz, a melhor maneira de combater o COVID-19 é rastrear agressivamente indivíduos infectados.

Usando ferramentas do rastreamento de localização para aplicativos de smartphone, os governos foram capazes de monitorar os padrões de movimento variáveis ​​para indicar a melhor forma de impor ou levantar restrições.

Eles também foram capazes de alertar indivíduos cuja infecção pode precisar ser comunicada àqueles que recentemente cruzaram seu caminho.

As questões de privacidade também surgiram na União Europeia, onde, como parte de uma abordagem coordenada comum para apoiar o levantamento gradual de medidas de confinamento, os estados-membros, apoiados pela Comissão Europeia (CE), anunciaram o desenvolvimento de uma caixa de ferramentas para o uso de dispositivos móveis, pedidos de rastreamento e aviso de contato em resposta à pandemia de coronavírus.

A CE acrescentou que, desde o surto da pandemia de coronavírus, vinha avaliando os aspectos de eficácia, segurança, privacidade e proteção de dados de soluções digitais para lidar com a crise.

A Comissão Europeia enfatizou que essas soluções precisavam ser totalmente compatíveis com as regras de privacidade e proteção de dados da UE, após consulta ao Conselho Europeu de Proteção de Dados, e deveriam ser implementadas em estreita coordenação com as autoridades de saúde pública e aprovadas por elas.

O debate sobre privacidade versus proteção que deve definir o novo normal

Um relatório do Instituto Tony Blair de Mudança Global, intitulado “Um preço que vale a pena pagar”, observou que a maioria dos países estava dividida entre três possíveis resultados da pandemia: um sistema de saúde sobrecarregado, um colapso econômico ou maior vigilância.

Embora a taxa de infecção do Covid-19 tenha caído desde que o bloqueio entrou em vigor na Europa, há preocupações de que uma segunda onda de infecções possa ocorrer se as medidas de bloqueio e distanciamento social forem levantadas muito cedo.

No entanto, há também preocupações de que um bloqueio prolongado e economicamente prejudicial possa ser igualmente impactante.

O que aprendemos com outros casos de uso de rastreamento de contatos é que eles podem desempenhar um papel valioso no alívio de restrições, mas, por si só, são insuficientes.

Existem amplamente duas metodologias pelas quais os aplicativos de rastreamento de contatos determinam quem foi potencialmente exposto ao Covid-19:

  • Contatos de proximidade centralizados são carregados em um servidor central, que notifica as pessoas que foram expostas ao vírus.
  • Descentralizado – o servidor notifica todos os dispositivos de IDs de contato que potencialmente transmitem o vírus, e o dispositivo determina se o proprietário do dispositivo entrou em contato dentro do período. Este é o método usado pela Apple e pela API do Google.

Depois que o aplicativo for informado de que o proprietário de um dispositivo está exibindo sintomas do Covid-19, aqueles que estiveram em contato com essa pessoa receberão um aviso e serão avisados ​​para se auto-isolarem. Se o proprietário do dispositivo testar positivo para Covid-19, um aviso vermelho será enviado.

Tempos extremos, que infelizmente exigem medidas extremas

De fato, o desenvolvimento de rastreamento de contatos precisa ser conduzido de forma transparente e como fonte aberta para supervisão externa. Isso deve garantir à população que os dados serão coletados de maneira responsável e segura.

A criação de aplicativos com uma metodologia de privacidade também ajudará a garantir às pessoas que seus dados estão sendo respeitados e protegidos. Combinado, isso deve convencer uma proporção suficiente da população a usar o aplicativo.

Em última análise, estamos vivendo em tempos extremos, que podem exigir medidas extremas. Em situações normais, esse rastreamento invasivo de contato seria insustentável, mas um aumento temporário na vigilância é um preço pequeno a pagar pela preservação de nossa saúde e meios de sobrevivência, incluindo das empresas.

Tecnologia aplicada ao combate do Coronavírus

O setor de TI está respondendo ao coronavírus da melhor maneira possível, com as mentes mais brilhantes tentando encontrar soluções para ajudar na crise.

Já existem iniciativas que surgiram nas últimas semanas e agora os fornecedores incentivam os parceiros na busca de soluções tecnológicas que possam minimizar o impacto da pandemia na vida das pessoas e nos negócios das empresas.

Além disso, para enfrentar os desafios da pandemia e manter os negócios vivos, as empresas de tecnologia, assim como os departamentos de TI de cada organização, buscam incansavelmente ferramentas e inovação tecnológica baseadas na nuvem para manter os trabalhadores em pleno funcionamento e em alta velocidade.

Isso inclui soluções de implantação rápida e ferramentas de colaboração remota, permitindo que as equipes de produção e de negócio operem de maneira rápida e eficiente, sem se preocupar com a pressão sobre a banda larga doméstica durante o período de bloqueio e que a produtividade seja mantida pelas próximas semanas de quarentena.

De fato, estamos vendo uma rápida aceitação de ferramentas colaborativas e novas plataformas de software baseada na nuvem, de nível empresarial, que permite comunicações efetivas a partir de locais diferentes, em qualquer dispositivo suportado e com a segurança necessária para manter a proteção e privacidade de dados, assim como as operações de negócio.

Sobre a Ziva

Fundada em 2003, a Ziva é uma empresa 100% brasileira, dinâmica e de crescimento sustentado, especializada em prover soluções de infraestrutura de t.i, voz, vídeo e serviços profissionais, que proporcionam tranquilidade para as necessidades de cada negócio.

Desde o desenvolvimento do projeto o fornecimento de equipamentos até a prestação de serviços especializados de instalação, configuração e outsourcing. Nosso portfólio apresenta um conjunto completo de soluções que viabiliza suas necessidades de TI e Telecom.